Canções que emocionam

Por Eu Mesmo, Paulo Henrique Barbosa (o PH)

PH na voz, no texto, na alegria e na ousadia, mandando um salve para todos os manos, as manas, as monas e para todos os galerosos do meu coração! Espero que estejam bem, porque eu estou de volta para mais uma análise de milhões! Dessa vez, vim falar de emoções… Eu adoro quando o filme consegue me emocionar e gosto mais ainda quando eu choro assistindo (se você é uma pessoa emocionada que segue essa página barroca, esse post é para você!).

Com isso em mente, venho compartilhar uma lista de cenas de várias mídias onde a música se fez presente (seja como plano de fundo da cena ou apenas como elemento do enredo), que tocam a alma e fazem até o mais duro de coração chorar. Lembrando que esse top é pessoal, baseado nas minhas experiências enquanto espectador, mas deixo aberto para que você compartilhe a sua cena favorita! Acrescento também que os trechos dessa análise contém alguns spoilers, fique ligado! Sem mais, prepare o lenço, respire fundo e bora para análise!

E atenção, ao final deste post, vou deixar links com as playlists das canções que serão citadas nas próximas linhas. E agora sim, bora pra lista!

1 – I Can Only Imagine (canção original da banda Mercy Me, do filme Eu Só Posso Imaginar)

Filmes baseados em fatos reais geralmente não me chamam muito atenção (principalmente por serem baseados em fatos reais), mas esse aqui já meu deu um click e eu não pude deixar de caçá-lo para assistir. A história conta a origem da banda de rock/pop cristã americana Mercy Me, contado do ponto de vista do vocalista, Bart Millard (interpretado pelo ator J. Michael Finley no longa). Bart teve um passado muito conturbado: a mãe fugiu de casa e ele viveu anos ao lado de um pai alcoólatra, a quem ele tentava chamar atenção a todo custo, sem sucesso.

O tempo passa e Bart deixa sua cidade brigado com o pai, formando o Mercy Me ao lado dos amigos da igreja que ele frequentava na época do colégio e depois de uma briga com eles, ele decide voltar para casa – o que o motiva também é descobrir que seu pai está com um câncer terminal. O período da doença moldou o comportamento do homem e Bart via flashes de sua infância ao vê-lo, pensando que muitas vezes ele estava mentindo. Graças a influência de familiares e amigos de sua cidade natal, Bart decide fazer as pazes com seu pai e quando tudo caminhava para o bem, o pai do homem acaba falecendo.

Isso mexe com o emocional de Bart, que fica muito mexido com o ocorrido e decide se reunir com seus amigos de banda novamente, voltando a estrada com eles, que o esperavam de braços abertos (mesmo que ele fosse um homem bem inconsequente, característica forte do personagem no longa). Noites após o falecimento de seu pai e se encontrar com os amigos, Bart compõe a canção I Can Only Imagine (que dá título original ao filme), mas não se sente capaz de cantá-la, decidindo vendê-la a outra cantora famosa da época, Amy Grant. 

Durante o show de Amy, no fim do filme, ela começa a tocar os primeiros trechos da canção, mas não se sente bem, chamando Bart ao palco, alegando que não é capaz de cantar sobre uma história a qual ela não viveu. Aqui temos uma cena incrível, que me fez chorar um bocado, pois a letra da canção é como uma carta a Deus, onde ele expressa suas ideias de como seria o seu encontro com o divino e com seu pai. Um ponto que deixo aqui é que ela vai lá no fundo do coração, nos fazendo recordar de pessoas que fizeram parte de nossas jornadas e que nos deixaram, despertando sentimentos bons de como será nosso reencontro, um dia.

2 – Butterfly Fly Away (original de Miley Cyrus, em Hannah Montana – O Filme)

A dona Disney tem capacidade de conectar-se a vários públicos através de seus filmes de princesa como Cinderela, A Bela e a Fera (sendo esse o meu favorito) e os filmes do Mickey, mas hoje eu vou falar do filme de uma de suas séries mais famosas dos anos 2000: Hannah Montana, que junto com a última temporada da série, foi a carta de despedida de Miley e Billy Ray Cyrus (imagem) aos personagens que marcaram uma geração.

A cena que quero falar com vocês aqui é de Butterfly Fly Away, composição de pai e filha para o longa. Se você não conhece a história, vou dar uma pincelada a você: a Miley (da série) acaba voltando ao Tennessee (cidade natal da personagem) para uma parada da turnê da Hannah Montana, sem saber que essa viagem vai ser necessária não só a cantora mais popular, mas para a própria Miley, que poderá se descobrir enquanto pessoa, ainda que seu segredo seja revelado (que é o mote da série – ela vive o melhor dos dois mundos).

Reunidos na fazenda da família Ray, é no celeiro que Miley – que teve uma discussão com o pai momentos antes por ter seu segredo revelado ao crush da personagem na trama – canta a música com seu pai. Naquele momento, em meio a tantos sentimentos, o PH de 12 anos chorou igual criança na sala de cinema (porque eu vi esse filme no cinema). O dueto entre pai e filha cita a vontade e os desejos de seguir em frente, de voar como uma borboleta – um animal lindo, com voo lindo e que deseja descobrir novos horizontes.

Menção Honrosa: The Climb (original de Miley Cyrus, em Hannah Montana – O filme)

Eu tenho certeza que se tocarmos um trechinho dessa música, você vai conhecê-la. Da época de Hannah Montana, essa é a única canção que vemos a Miley performar em momentos especiais nos dias de hoje (vale citar a apresentação dessa canção no programa do Jimmy Fallon – é incrível). No filme, The Climb faz parte do clímax que chama o final da história ao público. Cantada por Miley no filme, ocorre após revelar que ela e Hannah são a mesma pessoa. 

Com receio da reação do público que lhe assiste, ela começa a cantar as primeiras linhas da canção, abrindo seu coração a todos e nos ensinando que a vida é como uma subida longa e difícil, que nós vamos vencer, mas que também é necessário perder às vezes, que é necessário guardar nossa fé, ser forte e entender que essa é a vida, essa é a nossa jornada.

3 – Never Knew Love Like This Before (original de Stephanie Mills, em POSE).

Duas palavras antes de iniciar esse bloco: DISCO PERFECTION! A série de Ryan Murphy (criador de American Horror Story e Glee) traz a cena do ballroom na Nova York dos anos 1980, onde se vivia o auge da epidemia de AIDS na cidade. Embora a dança, as batalhas entre as casas (que hoje têm se tornado algo mais mainstream como em programas como Legendary e RuPaul’s Drag Race), a moda e a cultura negra da época, essa cena tem uma força fantástica, uma música mega animada e um contexto que me arrancou muitas lágrimas.

Na série temos várias personagens incríveis, como as protagonistas Blanca Evangelista e Elektra Abundance (interpretadas pelas maravilhosas MJ Rodriguez e Dominique Jackson), mas quero falar de Candy Ferocity, personagem mega especial nessa cena da série. Interpretada brilhantemente por Angélica Ross (foto), a personagem é uma mulher trans que acaba assassinada e o episódio mostra seu velório e alguns diálogos com pessoas com quem ela teve uma relação durante a série (um diálogo mais profundo que o outro, principalmente com seus pais, de quem ela se afastou ao se entender e se assumir mulher).

Graças a personagem que os bailes apresentados por Prey Tell (personagem do fantástico Billy Porter) passam a ter a categoria de dublagens (que leva o nome de Candy, em homenagem a ela que sempre tentou se destacar dublando canções, mas sempre foi ridicularizada por isso). Antes de ir para seu descanso eterno (a série não deixa isso muito claro, mas seguimos entendendo que tudo era de forma metafórica), ela se levanta do caixão para um último momento de glória, se despedindo de todos com essa canção maravilhosa. EITA COMO EU ME EMOCIONEI AQUI!

Menção Honrosa 2: Home (original de O Mágico de OZ, em POSE).

Essa canção aparece originalmente em The Wiz, de Quincy Jones (onde Michael Jackson interpretou o Espantalho e Diana Ross fez a Dorothy), sendo a última música do filme, cantada por Diana. A versão da canção também é inesquecível na voz de Stephanie Mills (que citei no tópico anterior), mas em Pose ela é cantada por Blanca e Pray Tell (personagens de MJ Rodriguez e Billy Porter – imagem), em uma performance cheia de emoção e sentimento. 

Na série, essa canção é apresentada na primeira temporada, onde os personagens fazem uma visita a um asilo onde um amante de Pray vive – local esse criado para cuidar de pessoas que contraíram o vírus da AIDS (cuja epidemia estava em seu auge nos anos que a série se passa). Ambos personagens descobrem-se soropositivos e recebem o convite (ainda com receio) de se apresentar no local, acompanhados pela brilhante Our Lady J.

4 – Sorriso Resplandecente (tema de Dragon Ball GT).

Isso aqui é obra prima dos animes, embora nem todo mundo seja fã dessa história – como eu. Brincadeiras à parte, eu dei uma chance a GT e gente, aquele final do Goku… venhamos e convenhamos que Sorriso Resplandecente toca até o mais duro coração e não é atoa que é uma canção tão marcante na vida de todo mundo (você pode até não gostar do enredo de DB, mas a trilha sonora é um espetáculo e não podemos negar isso).

Quando vemos viajando o mundo ao lado do ser místico a quem ele recorreu tantas vezes… poxa vida, que lindo! Imaginar todas as lutas que ele teve, todas as vezes que morreu e voltou em batalha para continuar sua missão de fazer do mundo um lugar melhor, de estar ao lado de quem amava… tantos aliados que aprendemos a amar nesse processo – somados a incrível letra dessa canção – deixa tudo com um sentimento de saudosismo tão genuíno…. É lindo de ver e ouvir.

5 – Temos que Pegar! (Tema de Pokémon: 1ª temporada).

O anime onde Ash, ainda com 10 anos de idade, mil teorias nas costas e 25 anos de história pode nos provar de uma coisa: nunca é tarde para realizar seus sonhos. Os monstrinhos de bolso (e seus rivais, os Digimon) marcaram a infância de muita gente – este que vos escreve é uma dessas pessoas e eu não poderia deixar de citar esse momento maravilhoso aqui.

25 anos de jornada nos apresentaram várias facetas, vários amigos e aliados, além dos vários times que Ash Ketchum (ou Satoshi, se você vê em japonês e se você não sabe: o nome do personagem em japonês é uma referência ao criador da série Satoshi Tajiri) teve e no meio disso o mascote da franquia, o SSJ do mundo Pokémon e pet mais amado das telinhas estava lá: Pikachu.

Ter a bagagem de participar de todas as ligas e vencer apenas 3 delas (considero a Batalha da Fronteira como Liga – que é uma das minhas temporadas favoritas) foi o suficiente para Ash disputar o mundial contra os campeões de todas as regiões e a batalha final entre Ash e Leon (o número 1 e campeão de Galar, onde a aventura se passa) nos proporciona um dos momentos mais memoráveis de todos os tempos.

Quando tudo parecia perdido para o rato elétrico, em seu inconsciente ele recebe a visita de alguém especial: todos os Pokémons e amigos de seu mestre (até aqueles que Ash libertou) lhe aparecem para lhe incentivar a continuar. Ao som de Tempos que Pegar, Pikachu se alegra e ao final vê seu mestre, se levanta e temos uma de suas melhores lutas em toda a série. Vencer é a cereja do bolo e como disse nesse tópico: demorou muito, mas isso foi uma grata lição de que não é tarde para realizar seus sonhos… pode tardar, mas vai dar certo!

Bem, queridos, essa é a minha lista, contendo as minhas impressões pessoais sobre esses momentos que vivi e pretendo escrever uma lista com mais cenas emocionantes para vocês num futuro não muito próximo. Como prometi, vou deixar o link com a playlist contendo as canções que citei aqui e peço que comente conosco as suas cenas (quem sabe a gente não cria uma lista com as cenas favoritas de vocês?).

No mais, aqui eu me despeço, deixo um beijo grande a vocês, meus queridos e queridas. Até a próxima, paz, amor e fé, hoje e pra sempre! 

Link da playlist no Spotify: https://open.spotify.com/playlist/5LGiRpCrSmcQBqdXNpuMc2?si=Sr6YAaboQ_qi-XnLWeOu4Q

Link da playlist no YouTube: https://youtube.com/playlist?list=PLsqVfZxGWaxXwYdRT1vcsM6D9jIUA9APH&si=CJ0ud0agKRKQqCb5 

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